Não me diga não...Olhos negros, olhos negros...

Meus 30 e fumaça servem para alguma coisa! Comecei (olha que avanço!) a perceber que a avalição psicológica feita pelo rh da empresa, ha 3 anos (hahaha), faz sentido. Eu de-tes-to ser contrariada! A mulher do rh fez uma análise profunda e eu achei que, nesse ponto, ela tinha viajado pq sou muuuuito flexivel. Eu tenho 6 irmãos, dividi pasta de dente, brinquedos, comida a vida toda... Tenho pouco apego a coisas, mas sou zelosa com o que conquistei.

É, meus amigos, na hora que me dizem um "não" o sistema trava como o Windows. Inicia-se, então, um processo de hiperaquecimento da rebimboca da parafuseta, fecho a cara e penso: "rápido, Sandra, rápido. Arranje 80 motivos para argumentar agora mesmo!" E se não rolar discussão, apelo. Chuto o ar, esbravejo, quero matar um, ameaço de morte, me jogo no chão... Se for homem o outro lado, choro, descaradamente. E sentida. Choro não pelo "não" apenas, mas pela derrota de não ter minha opinião prevalecido.

Obviamente, que não fico desgastando por qualquer capricho. Preciso querer/acreditar muito. No geral, tento avaliar, entender o outro lado, fazer o que manda o bom senso... e diminuir as vezes que terei de reencarnar.

Mas, se x foi eleito como indispensável, nem pense em me dizer não. Não adianta! Só existe uma maneira de me frear: sendo generoso! Se voce demonstrar que "talvez saia um sim pq isso eh importante para mim", eu então "pensarei em aceitar o 'não' pq a outra pessoa se importa comigo, by the way...".

Resumo: Um "não", nessas ocasiões, será aceito se você demostrar que ele se tornaria um "sim" pq eh importante para mim. E eu, agradecida, acatarei o "não".